fonte: G1
O diretor executivo da Fundação Saúde, João Paulo Veloso, explicou em entrevista nesta quarta-feira (25) no Bom Dia Rio as mudanças na gestão de Unidades de Pronto Atendimento estaduais no Rio. Ele prevê economia de até 30% com a saída das Organizações Sociais da função.
Segundo ele, o principal objetivo da Fundação Saúde é melhorar o atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do estado, que deixarão de ser administradas pelas Organizações Sociais (OSs), conforme anunciado pelo governador em exercício, Francisco Dornelles.
“Na realidade, todos os funcionários que são das organizações sociais são funcionários da organização social, não nosso. Vão sair todos. Vamos fazer concurso para a contratação de funcionários para as UPAs. Estamos dimensionando o número de funcionários para que haja solução de continuidade no atendimento e haja qualidade, que é nosso objetivo. Não podemos parar de atender de jeito nenhum”, afirmou o secretário, ressaltando que as fundações que estão implantadas em todo o Brasil estão se mostrando mais eficientes e mais econômicas que as OSs.
Segundo Veloso, desde janeiro o estado reduziu os gastos com as OSs em cerca de 50% e, neste momento, o objetivo do governo é buscar a melhoria da qualidade com uma diminuição de custo. Ainda de acordo com ele, o gasto com as OSs varia muito sendo ela de hospitais ou de UPAs.
Além dos 50% de redução de gastos desde janeiro, a perspectiva é que o Estado economize mais 30% com essa mudança, pois não haverá mais o percentual que a OS ganha para administrar as unidades de saúde. Atualmente cada Organização Social ganha por UPA cerca de R$ 1 milhão. As OSs atendem aproximadamente 30 UPAs no estado, mas algumas são administradas por mais de uma Organização Social.
“O mais importante é que nesses momento, com a Fundação Saúde, que é um modelo de gestão diferente, é um modelo de gestão que não é totalmente público, porque nós temos facilidades de contratação. Mas é um modelo que claramente valoriza o funcionário que hoje já está no estado”, garantiu.
De acordo com Veloso, ainda não há definição do que será feito com as unidades hospitalares, porque são estruturas mais complexas. A intenção é que a Fundação Saúde se torne modelo de gestão e absorva todos os hospitais do estado.